Peri-implantite
- Processo inflamatório/infecioso capaz de afetar os tecidos moles e também os tecidos duros que rodeiam um implante em função
- Afeta aproximadamente 12% a 40% dos implantes colocados
- Curso de evolução no sentido da perda de estrutura óssea e de selamento epitelial
- Etiologicamente a infeção microbiana é o agente causal mais relevante
Diagnóstico
Avaliação de Parâmetros Clínicos e Radiográficos:
- Presença de biofilme
- Inflamação
- Supuração (pús)
- Profundidade de sondagem
- Hemorragia à sondagem
- Altura e densidade do osso circundante
Tratamento
Objetivo terapêutico:
- Controlo da infeção e descontaminação da superfície do implante
- Regeneração dos tecidos perdidos e re-osseointegração da superfície previamente exposta do implante
Caso Clínico
- Paciente do sexo feminino, 46anos, fumadora (10cigarros/dia), surgiu em consulta apresentando sinais clínicos indicativos de peri-implantite na zona do 22 e o exame radiográfico, por sua vez, corroborou esse diagnóstico.
- De acordo com o tipo de lesão peri-implantar e a extensão da destruição, estabeleceu-se um plano de tratamento cirúrgico que visava a abordagem regenerativa da lesão
Protocolo Clínico e Radiográfico
Fig. 1: Fotografia intra-oral inicial
Fig. 2: Exame radiográfico inicial
Fig.3: Acesso cirúrgico ao implante
Fig.4: Após remoção do tecido de granulação, polimento da superfície implantar com jato de bicarbonato (1min)
Fig.5: Aplicação ácido cítrico 30% (1min)
Fig.6: Aplicação de iodopovidona (1min)
Fig.7: Aplicação de doxiciclina (2min)
Fig.8: Limpeza do defeito peri-implantar com soro fisiológico
Fig.9: Aplicação de hidroxiapatite de origem bovina (Bio-OSS®)
Fig.10: Aplicação de membrana de colagénio reabsorvível (Membrane Flex™)
Fig.11: Sutura 5/0 e radiografia periapical pós-operatória
Fig.12: 12 dias pós-operatório (remoção de sutura)
Fig.13: 7 semanas pós-operatório